O beta-amiloide e a doença de Alzheimer
A doença de
Alzheimer é a principal causa de síndrome demenciais, respondendo cerca de
50-60% dos casos, uma doença que
progride de forma exponencial diretamente relacionada com aumento da idade. Com
o aumento na expectativa de vida há maiores possibilidades de desenvolverem
doenças neurodegenerativas, haja visto que compromete faixa etária acima de 60
anos.
O beta amiloide é um marcador biológico que passa fazer parte da investigação clínica. Essa proteína é produzida normalmente no cérebro e há evidencias que quantidades pequenas são necessárias para manter neurônios viáveis. O problema consiste no aumento exagerado da produção de beta amiloide, a qual faz levar alterações nas sinapses que é o primeiro passo para série de eventos que leva a perda de neurônios e aos sintomas da doença.
Cientistas da Universidade de Stanford descobriram que a doença começa a
se manifestar muito tempo antes da formação das famosas placas senis de
beta-amiloide no tecido cerebral. O estudo, conduzido em camundongos e em humanos, foi publicado na famosa
revista científica Science, de 2013.
O amiloide é uma proteína que deriva da proteína precursora do amiloide
(APP), uma proteína achada normalmente nas membranas das sinapses neuronais, e
cuja função parece ser a regulação da formação dessas sinapses e auxílio na
neuroplasticidade (a capacidade do sistema nervoso central de se reinventar
constantemente).
O beta-amiloide começa como moléculas isoladas que tendem agrupamentos
maiores, insolúveis, as
placas de amiloide, a base patológica da doença de Alzheimer.
A placa do beta- amiloide se liga a receptores membrana celular
neuronal, colocando em movimento processos dentro da célula que levam a
destruição das sinapses
Obs: Beta amiloidose ( vermelho) ligando-se a receptores neuronais.
Segundo Taekho Kim, cientista, disse que a proteína beta- amiloide ao se
ligar ao receptor PirB, estivesse provocando um enfraquecimento das sinapses e
a comunicação entre os neurônios acabava por se tornar impossível e a memória
desaparecia. Kim descobriu que existe um receptor equivalente nos neurônios
humanos chamados LilrB2, igualmente capaz de se ligar a beta- amiloide.
Ou seja, a ligação entre a beta amiloidose e
PirB faz com que ocorra uma alteração bioquímica na cofilina reforçando ação destruidora nas
sinapses. Então, gerando os sintomas da doença como perda da memória.
Os resultados obtidos sugerem que a doença de
Alzheimer começa a manifestar-se muito antes da formação de placas de amiloide
se tornar óbvias. Isso tudo poderá contribuir para abrir caminho em tratamentos
mais eficaz nas fases mais precoces da doenças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário