domingo, 29 de março de 2015

Curso sobre diagnóstico por imagem em medicina


Introduction to Biomedical Imaging
Descubram como tecnologias de imagem complementam o diagnóstico e que informações elas trazem aos profissionais da saúde.
Tecnologias de imagem formam um componente significante do custo de saúde em todas as economias desenvolvidas, e a maioria das pessoas precisarão de imagens avançadas durante a vida. 
Este curso provê uma introdução à imagem biomédica e seu mapeamento e obtenção moderna de imagens.
O curso também cobre os princípios científicos básicos por trás de cada modalidade e apresenta suas principais aplicações, de doenças neurológicas à evidência de cânceres.

O curso e muito bom e vai desde o básico do RaioX até o PetScan e modalidades avançadas, passando pelo Ultrassom, Doppler, Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética. Fiz ano passado e vou fazer de novo: é um curso imperdível para quem gosta 
de imagens na área da saúde! 


O curso e fornecido pela plataforma do edx.org e é da Universidade de Queensland

sábado, 28 de março de 2015

                                 O beta-amiloide e a doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer é a principal causa de síndrome demenciais, respondendo cerca de 50-60%  dos casos, uma doença que progride de forma exponencial diretamente relacionada com aumento da idade. Com o aumento na expectativa de vida há maiores possibilidades de desenvolverem doenças neurodegenerativas, haja visto que compromete faixa etária acima de 60 anos.


O beta amiloide é um marcador biológico que passa fazer parte da investigação clínica. Essa proteína é produzida normalmente no cérebro  e há evidencias que quantidades pequenas são necessárias para manter neurônios viáveis. O problema consiste no aumento exagerado da produção de beta amiloide, a qual faz levar alterações nas sinapses que é o primeiro passo para série de eventos  que leva a perda de neurônios e aos sintomas da doença.


Cientistas da Universidade de Stanford descobriram que a doença começa a se manifestar muito tempo antes da formação das famosas placas senis de beta-amiloide no tecido cerebral. O estudo, conduzido em camundongos e em humanos, foi publicado na famosa revista científica Science, de 2013. 

O amiloide é uma proteína que deriva da proteína precursora do amiloide (APP), uma proteína achada normalmente nas membranas das sinapses neuronais, e cuja função parece ser a regulação da formação dessas sinapses e auxílio na neuroplasticidade (a capacidade do sistema nervoso central de se reinventar constantemente).

O beta-amiloide começa como moléculas isoladas que tendem agrupamentos maiores, insolúveis, as placas de amiloide, a base patológica da doença de Alzheimer.





A placa do beta- amiloide se liga a receptores membrana celular neuronal, colocando em movimento processos dentro da célula que levam a destruição das sinapses




Obs: Beta amiloidose ( vermelho) ligando-se a receptores neuronais.


Segundo Taekho Kim, cientista, disse que a proteína beta- amiloide ao se ligar ao receptor PirB, estivesse provocando um enfraquecimento das sinapses e a comunicação entre os neurônios acabava por se tornar impossível e a memória desaparecia. Kim descobriu que existe um receptor equivalente nos neurônios humanos chamados LilrB2, igualmente capaz de se ligar a beta- amiloide.

Ou seja, a ligação entre a beta amiloidose e PirB faz com que ocorra uma alteração bioquímica na  cofilina reforçando ação destruidora nas sinapses. Então, gerando os sintomas da doença como perda da memória.

Os resultados obtidos sugerem que a doença de Alzheimer começa a manifestar-se muito antes da formação de placas de amiloide se tornar óbvias. Isso tudo poderá contribuir para abrir caminho em tratamentos mais eficaz nas fases mais precoces da doenças.




domingo, 15 de março de 2015

AVC em contexto sub agudo: e agora José?!


Mulher de 39 anos consulta com clínico geral com súbita queda de hemiface direitadireita. Ela não apresenta outras perdas de força, nem distúrbios da fala ou do olhar e ela aparenta estar bem. No exame neurológico ela não consegue enrugar a testa. 
Não possui rash facial.

Baseado nestas informações, qual é a causa mais provável da fraqueza na face? 

Descubra mais no módulo de aprendizado do BMJ Learning: 
 Link: AVC: um exame neurológico focado em um contexto subagudo

sábado, 7 de março de 2015

Canabinóides e seu uso em Neurologia

 

Canabinóides e seu uso em Neurologia

Postado em 05/02/2015 pela Academia Brasileira de Neurologia no enredeço: http://www.abneuro.org.br/comunicados/detalhes/690/canabinoides-e-seu-uso-em-neurologia


ASPECTOS GERAIS
Recentemente o uso de canabidiol foi liberado para prescrição aos médicos do Estado de São Paulo, pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), em 9 de outubro de 2014. A ANVISA já liberou o seu uso medicinal por importação para vários casos; exige-se a prescrição e laudo médicos e termo de responsabilidade. Cada vez mais o uso terapêutico dos canabinoides têm sido discutidos. A Academia Brasileira de Neurologia através de seus Departamentos Científicos tomou sua posição de acordo com as evidências científicas sobre o uso dos canabinóides nas devidas doenças neurológicas.
Os canabinóides mais exuberantes são o Δ9-tetrahidrocanabinol (THC) que possui propriedades psicoativas e o canabidiol (CBD), que não tem propriedades psicoativas. Existem no sistema nervoso central os endocanabinóides, sendo dois tipos mais abundantes: o 2-arachydonoyl glycerol e o n-arachidonoyl ethanolamide. Eles são liberados em resposta à atividade sináptica excitatória, sendo sintetizados no corpo  e dendritos dos neurônios, em resposta ao aumento da concentração de cálcio intracelular. Inibem a liberação de neurotransmissores pela via final em terminais gabaérgicos e em menor extensão, glutamatérgicos. Agem em vários mecanismos de plasticidade de curto e longo prazo de sinapses inibitórias e excitatórias. Várias áreas cerebrais são ricas em receptores CB1, como o córtex frontal, os núcleos da base, cerebelo e na região límbica cerebral. Por estes mecanismos podem ter ação em várias doenças neurológicas.
 
EFEITOS COGNITIVOS
O uso de cannabis na forma inalada, por indivíduos saudáveis, está associado a pior desempenho cognitivo, seja de forma aguda ou crônica. A suspensão do seu uso reverte parcialmente esta queda, sem o normalizar.  Poucos estudos avaliaram a influência na cognição do uso da cannabis na forma inalada em pacientes com doença neurológicas. Pacientes com esclerose múltipla que utilizaram cannabis de forma inalada, seja com intuito recreativo ou terapêutico, apresentaram pior desempenho cognitivo em teste de velocidade de processamento de informação, memória operacional, funções executivas e processamento visoespacial. O uso de canabidiol parece não ter relação com declínio cognitivo, porém, poucos estudos avaliariam seu uso na população idosa.
 
CANABINOIDES EM EPILEPSIA
O CBD tem reconhecido efeito antiepiléptico, porém, com mecanismo de ação, segurança a longo prazo, propriedades farmacocinéticas e interações com outros fármacos, ainda obscuros. As pesquisas clínicas bem conduzidas metodologicamente são limitadas, pois há restrição legal ao uso de medicamentos derivados do cannabis, embora o CBD não possua propriedades psicoativas.
Dr. Devinsky, na New York University School of Medicine foi autorizado pelo FDA a conduzir um estudo aberto com um produto contendo 98% de CBD cujo nome comercial é Epidiolex fabricado pela GW Pharmaceuticals. A dose diária foi gradualmente aumentada até o máximo de 25 mg/kg/dia associada aos medicamentos que o paciente já utilizava. Os resultados dos primeiros 23 pacientes, cuja média de idade foi de 10 anos, demonstraram que 39% dos pacientes tiveram redução de 50% de suas crises. Obtiveram controle total das crises apenas 3 dos 9 pacientes com síndrome de Dravet (um tipo de epilepsia muito grave da infância) e 1 dos 14 pacientes com outras formas de epilepsia. Os efeitos colaterais mais comuns foram sonolência, fadiga, perda ou ganho de peso, diarreia e aumento ou redução do apetite. Todos os pacientes recebiam mais de um fármaco antiepiléptico. Os resultados preliminares mostraram redução de 50% de crises em cerca de 40% dos pacientes. Tal resultado não difere dos resultados disponíveis na literatura dos mais de 20 fármacos antiepilépticos disponíveis no mercado.
As populações expostas ao CBD são compostas por pacientes com síndromes epilépticas heterogêneas que não responderam a qualquer outro fármaco, ou tiveram sérios efeitos colaterais com os medicamentos disponíveis no mercado. Neste cenário, um composto que tenha qualquer efeito benéfico torna-se potencialmente útil.
Os dados científicos até agora disponíveis permitem concluir que o canabidiol poderá desempenhar um papel importante no tratamento de epilepsias muito difíceis, em casos específicos, ainda não definidos cientificamente.
Enfatizamos que o canabidiol terá aplicabilidade dentro do cenário das epilepsias intratáveis, de dificílimo controle, possivelmente com excelente resposta em alguns casos, razoável resposta em outros e nenhuma resposta em alguns, como observado com o uso de outros fármacos. A segurança e eficácia do CBD necessitam ser melhor estabelecidas por estudos bem conduzidos, uma vez que os dados disponíveis na literatura atual não preenchem os critérios científicos exigidos para que tal composto seja utilizado como medicamento de forma indiscriminada na epilepsia.
 
CANABINÓIDES NA ESCLEROSE MÚLTIPLA
O uso da maconha na Esclerose Múltipla (EM) é frequentemente discutido no tratamento sintomático e preventivo. Alguns cuidados devem ser tomados quanto à indicação do uso de canabinóides na forma oral na EM, pois seus efeitos adversos podem ser agravados em função de características inerentes à doença. Sintomas como comprometimento cognitivo, fadiga e alterações humor, que podem variar de depressão à ideação suicida, devem ser avaliados antes da indicação destas substâncias na EM. O naxibimol é um preparado comercial, utilizado em alguns países com indicação específica para espasticidade na EM. Contém THC e CDB, na proporção de 1:1, de uso exclusivamente oro-bucal e utilizado na dose de máxima de até 12 puffs ao dia. Não existem estudos consistentes para indicação terapêutica da maconha na forma de cigarros em qualquer dos sintomas da EM. Existem estudos classe I, II e III para preparados orais e naxibimols para alguns dos sintomas da EM.
Para o tratamento da espasticidade: estudos com Naxibimols demonstraram melhora nas escalas de  auto-avaliação em seis semanas, embora não fossem observadas melhoras nas escalas objetivas para espasticidade. Sua eficácia de longo prazo ainda não foi confirmada. O extrato de cannabis oral e o THC também se mostrou eficaz apenas nas escalas de auto-avaliação no uso por até 15 semanas, porém, após um ano os resultados indicaram uma melhora também nas escalas objetivas de mensuração da espasticidade. Estes resultados sugerem que esta opção terapêutica pode ser considerada nos pacientes com EM, embora faltem estudos de segurança com uso por longos períodos.
Na dor neuropática ou central, os estudos foram realizados em períodos curtos, com eficácia variável. Os naxibimols, os preparados com THC/CBD e o extrato de cannabis apresentaram resultados conflitantes, e embora não seja possível concluir de forma definitiva quanto à sua eficácia, os dados sugerem que esta pode ser uma opção terapêutica em pacientes que não responderam aos tratamentos convencionais.
No tratamento dos tremores e da disfunção vesical, o uso dos naxibimols ou de preparados orais THC, CBD ou THC/CDB mostrou-se ineficaz, não havendo neste momento indicação para o seu uso no alívio deste sintoma.
Concluindo: o naxibimol pode ser utilizado na espasticidade e dor da EM, desde que esgotadas as demais possibilidades terapêuticas, sempre observando riscos e benefícios da sua indicação.
 
CANABINÓIDES NA DOENÇA DE PARKINSON E EM OUTROS DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO
A Academia Americana de Neurologia (AAN) publicou recentemente uma revisão sistemática sobre a eficácia e segurança do uso terapêutico da maconha e seus derivados no tratamento de doenças neurológicas.
Desse extenso trabalho da AAN podemos verificar que há poucos estudos de qualidade disponíveis na literatura para termos uma conclusão final sobre o uso terapêutico dos derivados da cannabis em pacientes com distúrbios do movimento. Há que se considerar que o risco de efeitos psicopatológicos graves pode chegar a 1%. Isso vai depender sem dúvida da proporção de THC presente no tratamento, mas de certa forma não há relato de efeitos colaterais graves. Os extratos de cannabis não melhoram as discinesias induzidas pela levodopa em pacientes com doença de Parkinson (DP).
Recentemente, estudos preliminares utilizando CBD puro no tratamento de pacientes portadores de DP revelaram um efeito positivo sobre os sintomas psicóticos, o sono e a qualidade de vida dos pacientes. O CBD poderia ter um efeito terapêutico sobre os sintomas do transtorno comportamental do sono REM.
Em conclusão, apesar da ausência de evidências suficientes para indicar o uso dos derivados da cannabis em pacientes com distúrbios do movimento, há sinais de que o uso de extratos da planta e especialmente de CBD possa ajudar a minimizar sintomas não-motores da DP como: psicose, distúrbios do sono, dor, talvez urgência miccional, e também promover uma melhora geral na qualidade de vida dos pacientes. O uso terapêutico sem indicação precisa só seria indicado em casos de distúrbios do movimento em que os tratamentos convencionais disponíveis falharam, e a qualidade de vida do paciente esteja muito comprometida. É provável que o uso de CBD puro e extratos de cannabis com baixo teor de THC sejam os mais eficientes e menos propensos a causar efeitos indesejáveis.
 
CANABINÓIDES NO TRATAMENTO DE DOR NEUROPÁTICA
Três estudos avaliaram a eficácia da marijuana no tratamento de dor neuropática. Em um deles foi utilizada a forma spray, como analgesia adjuvante no tratamento de dor central em pacientes com esclerose múltipla. Em outro estudo foi utilizada forma inalatória, em pacientes com dor neuropática pós-traumática ou pós-cirúrgica, com melhora na intensidade da dor. Finalmente, Ellis et al. observaram melhora da dor neuropática em pacientes com HIV.
Por se tratar de um tratamento do tipo SFBR (Simples, Fácil, Barato e Racional) em oposição a tratamentos dispendiosos, tóxicos e custosos, pode ser uma opção para casos de dor refratária, em falhas terapêuticas ou eficácia insuficiente. Para seu uso sistemático seria necessário maior volume de estudos.
 
CANABINOIDES NA CEFALEIA
            Não existem estudos recentes para seu uso na cefaleia. Apesar de algumas patologias relacionadas à dor do segmento cefálico responderem ao uso dos canabinoides, como na dor neuropática orofacial (neuralgia do trigêmeo, síndrome da boca ardente e dor orofacial persistente) e sua ação no sistema de dor central (sistema trigeminal e substância cinzenta periaquedutal) apresentarem intensa intersecção com as vias dolorosas envolvidas nas dores de cabeça, especialmente a migrânea, não podemos dizer, pela falta de estudos específicos que possa ser indicado para seu tratamento.
 
CONCLUSÕES
Parecem existir evidências de efeitos benéficos dos canabinóides em alterações do sistema nervoso central e periférico, porém, estudos de longo prazo devem ser realizados, com maior número de pacientes, com eficácia medida por instrumentos objetivos e seu uso a longo prazo ainda não é conhecido. O uso do canabidiol é indicado na falha terapêutica dos tratamentos já consagrados ou quando os mesmos apresentam eficácia insuficiente. O uso da cannabis de forma recreativa é contraindicada pela ABN.


Veja as Referências da publicação acima no site, exposto no início da publicação,  da Academia Brasileira de Neurologia

quarta-feira, 4 de março de 2015

O que é Cranioplastia?




Cranioplastia
é o reparo cirúrgico de um defeito ósseo no crânio que foi causado por lesão ou cirurgia.

Há diferentes tipos de cranioplastias, a maioria envolve levantar o couro cabeludo e restaurando o contorno do crânio com o osso original ou uma prótese modelada de materiais como:

Titânio (placa ou malha)
Substitutos ósseos sintéticos
Acrílico (pré-fabricado ou moldado durante a cirurgia)


Porque haveria indicação de uma cranioplastia?

A cranioplastia pode ser realizada por qualquer das seguintes razões:

Proteção: Em certos lugares, um defeito craniano deixa o cérebro vulnerável à lesões.
Função: Uma cranioplastia pode melhorar função neurológica em alguns pacientes.
Estética: Um defeito perceptível no crânio pode afetar a aparência e confiança do paciente.
Dores de cabeça: Cranioplastia reduz dores de cabeça devido a cirurgias prévias.

O que o médico precisa saber antes da cranioplastia?

Se há qualquer problema de saúde, inclusive alterações de coagulabilidade
Se está tomando algum remédio anticoagulante, como warfarin, aspirina ou anti-inflamatórios
Se há história de alergias ou qualquer medicação ou substância

O que acontece durante a cranioplastia?

Na sala de operações, é dado um anestésico. Uma vez dormindo, o paciente é posicionado de tal forma que os cirurgiões tem acesso ótimo ao defeito ósseo. A área da incisão é então tricotomizada e preparada com antisséptico, e o todo o corpo é protegido por campos cirúrgicos, deixando somente a área a ser operada exposta.

Ele recebe anestésico local, e o cirurgião cuidadosamente incisiona a pele do couro cabeludo e gentilmente separa em camadas que estão protegendo a dura, que cobre o cérebro. A equipe limpa as bordas do osso das bordas e prepara a superfície para que o osso ou implante possa ser posicionado devidamente no defeito, no qual é fixado aos ossos cranianos com parafusos, placas ou ambos.

Como o osso ou implante no lugar, o sangramento é controlado e a equipe move o escalpo de volta à sua posição original e fecha a incisão com uma sutura de nylon. Pode ser colocado um pequeno dreno de sucção para ajudar a remover o excesso de fluido. O dreno é removido alguns dias após.

Como é a recuperação de uma cranioplastia?

O paciente acorda na sala de recuperação e depois de uma hora é transferido para a unidade de tratamento intensivo. A equipe de enfermeiros vai monitorar continuamente por qualquer sinais de complicação, medir seu pulso, pressão sanguínea, força dos membros e nível de alerta. Durante a primeira noite no hospital, você será acordado para estas observações.

Cirurgias na cabeça geralmente não doem muito, mas pode haver dor de cabeça, e então será prescrito analgésicos e injeções para ter certeza de que o paciente está confortável. Pode ser que a sonda vesical esteja ainda colocada da operação.

No dia seguinte ou depois, o enfermeiro vai tirar o acesso venoso e encorajar o paciente a andar. Gradualmente, o paciente conseguirá se mover normalmente. A bandagem da cabeçá só será removida no segundo dia de cirurgia.

A maioria das cranioplastias exigem que os pacientes fiquem dois a três dias no hospital depois da cirurgia. Quando sua equipe determina que o paciente pode caminhar, tomar banho, vestir-se, é chegada a hora de repetir a tomografia da cabeça. Se o local da cirurgia está bem, pode ser liberado e ir para casa

E quando o paciente deixa o hospital?

Poderá levar um tempo até o paciente sentir-se completamente normal.
O paciente sentirá cansaço.
Pode haver dores de cabeça intermitentes.
O paciente deverá ter consultas médicas por uma semana e a cada três a quatro semanas após a cirurgia para ter a sutura removida.
Dependendo de quão rápido se recupera, pode precisar de reabilitação


Entre em contato com a equipe da cirurgia IMEDIATAMENTE se:

Dor de cabeça progressivamente pior
Febre
Convulsões
Inchaço ou infecção na ferida cirúrgica
Fluído saindo da ferida cirúrgicas

Importante: 
Não dirija até seu doutor dizer que está apto. O paciente será examinado uma semana ou duas depois da cirurgia para determinar se está bem para dirigir.

Quais são os riscos associados à cranioplastia?

Como em qualquer cirurgia, e necessário discutir os riscos com o cirurgião, incluindo (mas não somente) os seguintes:

Infecção (que pode ser tratada com antibióticos)
Coágulo pós-operatório que requeira drenagem
AVC
Convulsão
Coágulos nas pernas (que raramente podem ir para os pulmões)


Complicações não relacionadas diretamente à cirurgia:

Pneumonia
Ataque cardíaco 
Infecção Urinária

(Adaptado de The Johns Hopkins Health System, Cranioplasty)

terça-feira, 3 de março de 2015

Branco ou azul? O vestido e nosso "Photoshop" visual




Na noite de quinta, 26/02, a atenção dos posts e comentários nas redes sociais tinham só um assunto: a cor do tal vestido.
A partir de um post no Tumblr, uma mulher perguntava aos seguidores qual era a cor do vestido que havia usado em um casamento. A foto tornou-se viral e foi parar no BuzzFeed e comentada por celebridades, como a cantora Taylor Swift, e marcas como Amazon, Sony, Microsoft e Victoria’s Secret.
A razão da comoção era de que ninguém consegue concordar com a cor do vestido. 
Enquanto algumas pessoas enxergam uma peça branca com rendas douradas, outras pessoas dizem que ele é azul com detalhes pretos. 
Qual delas você vê?

Com mais de 1,5 milhão de participantes, uma pesquisa do BuzzFeed aponta que 72% dos internautas enxergam branco e dourado, enquanto 28% dizem que o vestido é azul e preto.
Vestido azul e preto

A revista Wired conversou com especialistas para tentar explicar o que acontece exatamente nesse caso e chegou à conclusão que tudo não passa de biologia básica e a forma como o olho humano evoluiu para conseguir enxergar o mundo iluminado pelo sol.

Os seres humanos evoluíram para ver a luz do dia, mas a luz do dia muda de cor ao longo das horas. Para equilibrar as mudanças de luminosidade, nossos olhos tentam compensar as cores para evitar distorções de imagens. Neste caso, "as pessoas podem descontar o lado azul, que neste caso faz com que elas vejam branco e dourado, ou descontar o lado dourado, o que faz com que elas vejam azul e preto", explicou o neurocientista Bevil Conway, que estuda a visão.

O pesquisador da relação entre as cores e a visão, Jay Neitz, diz ainda que quanto mais velhos ficamos, mais sensíveis à luz azul nossos olhos se tornam. Segundo ele, por isso é comum encontrar internautas mais velhos enxergando branco e dourado. Mas a Time destaca que essa teoria ainda não pode ser comprovada, afinal não foram divulgadas pesquisas com dados relativos à idade e a percepção da cor do vestido.

Para quem estava na dúvida, aí vai outra foto:




Adaptado de: http://canaltech.com.br/noticia/virais/Branco-ou-azul-Entenda-o-caso-do-vestido-que-esta-dividindo-a-internet/#ixzz3TMjLyCxP