Neurologia no país da Alice
Alice no pais das maravilhas
completa 150 anos, para comemorar essa data uma série de neurologistas fizeram
correlações entre as situações apresentadas no desenho e síndromes do mundo
real.
Alice chega em um mundo
estranho onde animais podem virar objetos e recita poemas onde a correção
gramatical contrasta com a falta de sentido de cada palavra.
O
autor do conto parece estar 150 anos à frente no tempo pois hoje,
poemas são utilizado pelos neurocientistas para provar que o significado e a
gramática são processados de forma independente pelo cérebro.
Lesões
no hipocampo geram dificuldade de recordar o passado, mas também têm dificuldade
em projetar o futuro. Essa situação pode remeter a rainha de copas do livro que
afirma ter grande capacidade de previsão.
“[...]As
coisas que ocorreram na semana que vem depois da seguinte”.
Mas
que tem memoria muito ruim.
“É um tipo de memória muito pobre a que só funciona
para trás – retorquiu a Rainha.”
O estranho caso de pacientes
que diziam estar de cabeça para baixo ou próximos a alguém que, na realidade,
estava do lado oposto da sala, como a cena do desenho onde Alice cresce
percebendo a chave menor ou diminui de tamanho tendo a noção de que a chave
cresceu.
Estas percepções na vida
real são provocadas por uma atividade anormal nos lóbulos parietais, mas que
não são nocivas para o indivíduo.
Será que Lewis
Carroll (o autor do livro) poderia ter
alguma lesão que afetasse sua percepção espacial, e tentou retratar no livro?
Adaptado de: http://observador.pt/2015/04/06/alice-no-pais-das-maravilhas-neurologia-comum/