quinta-feira, 29 de outubro de 2015




CAMPANHA NACIONAL DO COMBATE AO AVC 2015
Canoas/RS

Sistema de Saúde Mãe de Deus–Canoas  /  Secretaria de Saúde de Canoas  / 
Liga Acadêmica de Neurologia e Neurocirurgia ULBRA   /   Rede Brasil AVC


    A Liga Acadêmica de Neurologia a Neurocirurgia da ULBRA, gostaria de compartilhar a satisfação de; junto com o Sistema de Saúde Mãe de Deus ULBRA, Secretaria de Saúde de Canoas e Rede Brasil AVC; organizar a "Campanha Nacional do Combate ao AVC 2015” em Canoas. Essa ocorrerá entre os dias 29/10/15 e o dia 28/11/15, o projeto engloba distribuição de material (folder) com informações sobre o AVC, pequenas explicação e esclarecimentos de dúvidas durante essa distribuição, sábados com a "prefeitura na rua"- para aferição da PA, verificação de HGT, cálculo do IMC e coleta de amostra para pesquisa de AVC e palestra com especialistas no assunto, entre outras atividades.
    Aproximadamente 23 acadêmicos de medicina da ULBRA (ligantes da Liga de Neurologia e Neurocirurgia e convidados), 10 médicos, enfermeiras e psicóloga estão empenhados com o sucesso do evento. 
    Contamos com sua presença e prestígio nas atividades do evento

Palestra da Campanha: na ULBRA/Canoas



Programação oficial da Campanha:


domingo, 18 de outubro de 2015

Face da Liga

Nosso facebook migrou para uma nova página: https://www.facebook.com/ligaacademica.neuroligaulbra.1
A página antiga está sendo desativada. Fique atento e atualize seus bookmarks!!!

App Consulta Pre Natal UBS ULBRA

Fizemos uma parceria com a Liga de Ginecologia e Obstetrícia da ULBRA para dar um help na Consulta Pré-Natal. ;)

Elaboramos um app para uma consulta rápida. O intuito é termos um ponto de partida para os dados no prontuário. Se encontrar algum erro ou acha que precisa de mais algo, por favor entre em contato!

O novo aplicativo móvel: Consulta Pre Natal UBS já está DISPONÍVEL.

Para experimentar seu app num navegador móvel em qualquer Android ou Apple com acesso à web, basta visitar:




Abaixo é o primeiro menu, da consulta per se. O app também tem os exames a serem solicitados por trimestre e umas dicas sobre o Diabetes Gestacional.

Roteiro para Consulta pré-natal na UBS

(Gestação de Baixo Risco)


CONSULTA PRÉ-NATAL – Data __/__/____

Nome da Gestante: _____ Data Nasc:____ Idade:
#G:__ P:__ C:__ A:__
legenda:
G: Gestações anteriores e atuais
P: nº de Partos vaginais
C: nº de Cesarianas
A: nº de Abortos
(Ae: aborto Expontâneo
Ap: Aborto Provocado)
# IG: __ semanas + __dias, segundo a PRIMEIRA ECOGRAFIA de data __/__/____ com __semanas e __ dias
(Idade Gestacional)
# Especifique se há doenças na gestação (exemplo: #Sífilis, #Anemia, #Tabagismo, #Drogadição)

Subjetivo:
Paciente gestante do __ trimestre (1º, 2º, 3º trim.), relata estar sentindo ___. Nega/Relata perdas vaginais de sangue/líquido
. Nega/Relata boa movimentação fetal (percebidos a partir de 18 a 20 semanas). Nega/Relata sintomas urinários. Está/Não está me uso de medicação (exemplo: sulfato ferroso, ácido fólico, metildopa, etc). Refere estar/não estar em dia com as imunizações (verificar carteirinha: recomendar contra Hepatite B, Influenza, dTpa -> difteria, tétano e coqueluche administrar entre 27 a 36 sem. de gestação).

Objetivo:
Trouxe tais exames __ de data __/__/____ (anotá-los na carteirinha também)

Exame Físico:
Bom estado geral, MF: (Movimentos Fetais +ou-) Edema +/4+ a ++++/4+
Peso: __
(vem na ficha da consulta) PA:__/__mmHg (vem na ficha da consulta)
AU: __cm (Altura Uterina)
Avalia o crescimento fetal. Formada pela medida da borda superior da sínfise púbica até o fundo do útero.
(dicas de prova de tamanho uterino):
Altura palpável  do útero:
Na 12ª semana: sínfise púbica
Na 16ª semana: entre sínfise púbica e cicatriz umbilical
Na 20ª semana em diante:  relaciona-se com semana gestacional. Veja a imagem:

BCF (Batimentos Cardíacos Fetais)– Avalia a frequencia cardíaca fetal – normal de 110 a 160bpm- determina condições fetais.
Método de determinar o  local para os BCFs = Segundo as manobras de Leopold: Dividindo o abdomen materno em 4 quadrantes, procura-se auscultar os BCF no quadrante em que estiver o dorso e a cabeça fetal:


Toque Vaginal: Palpação bimanual do corpo uterino.
Verifica-se as características do colo uterino (orientação, dilatação, apagamento). Diagnóstico de apresentação fetal: tipo, altura, atitude (flexão e sinclitismo), variedade de posição e arquitetura pélvica.
A contraindicação para o toque vaginal é sangramento vaginal, que pode ter como origem o descolamento prévio da placenta não normalmente inserida ou a placenta prévia. Ao executar o toque há grande possibilidade de agravamento da situação ou até de descolamento total expondo o feto a um grande risco, a morte fetal por anóxia. Nesses casos é preferível o exame especular para verificar a origem e aspecto do sangramento. Poderá ser considerada contra indicação o estado psíquico da mulher. O colo pode ser descrito como G, P, F –grosso, fino, apagado, posterior, fechado, OCE aberto, 1cm, 2cm, 4cm, 8 cm, completo. Orientar às gestantes de 3º semestre que nas horas seguintes ao toque elas podem eliminar um tampão mucoso ou ter um leve sangramento. 


*anote todos os achados do exame físico e laboratoriais também na carteirinha.

Avaliação -Impressão:
Gestante em curso com bom desenvolvimento/ ou com alterações _______.


Conduta:
Mantenho/Aumento Sulfato Ferroso 40mg para ____.
Oriento realizar imunizações para ____.
Oriento a gestante: Se perda de líquido ou sangue vaginal, ou ausência de movimentação fetal, ou sinais de trabalho de parto (mínimo de 3 contrações efetivas que duram mais de 30 segundos cada uma, por 3 minutos) procure atendimento obstétrico.
Retorno em __ dias.

Assinar/Carimbar ___




Este texto e o app são uma adaptação do manual escrito pela Priscila Ulmi, Presidente da Liga de Ginecologia e Obstetrícia da Ulbra e Monitora de GO I e II. Post e app por Juan Zambon, Presidente da Liga de Neurologia e Neurocirurgia da Ulbra. Acesse o app em Consulta Pre Natal UBS e coloque nos favoritos! Quando acabarmos as versões definitivas nativas para Apple e Android postaremos aqui ;)

domingo, 27 de setembro de 2015

App Guia Neuroexame da Liga de neurologia Ulbra

Fizemos um app!
A princípio é para Android e disponível em HTML5 para abrir em qualquer outro sistema, incluindo Windows, Apple IOs, Blackberry e outros:

http://apps.appmakr.com/guianeuroexame


Esta é a descrição dele (em inglês): This guide to the neurologic examination follows the basic steps on the clinical neuroexam: It covers the mental state (aka minimental exam), Cranial Nerves (oftalmic, optic, eye motricity, facial nerve and its classical peripheral or central palsy, vestibulocochlear and the Rinne and Webber tests, glossopharyngeal and hypoglossal nerve and vagus on tongue sensibility and motricity, swallow and gag reflex, and accessory for shoulder rising to cite some examples), Motor System and tonus, Coordination, Equilibrium and Gait, Reflex and finally Sensibility test and dermatomes. Built by Juan Zambon, this is and adaptation of the printed version built by Rebeca Rodrigues and Luiza Yung. We are from the Liga de Neurologia e Neurocirurgia of Ulbra University, Canoas, Rio Grande do Sul. This is very simple app, on the very early release version: it may contain some errors. Please email us if you find any weird thing, critique and/or suggestions: Ulbraneuroliga@gmail.com.

Por enquanto o Aplicativo está em fase de testes. A ideia é colocar mais calculadoras, para Glasgow, Four Coma Scale, NIH e outras. Qualquer sugestão, comente ou envie um email para nossa Liga!

Em breve portaremos para o Google Play e Itunes. Enquanto isso está acessível no Appmakr Market.
Baixe e comente!



sexta-feira, 25 de setembro de 2015

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Exame Neurológico: Guia de Bolso NeuroLiga Ulbra

Exame Neurológico
Guia de Bolso
Liga Acadêmica de Neurologia e Neurocirurgia da ULBRA
2015/02

http://neuroligaulbra.blogspot.com.br/

Estado Mental
-Orientação : 10 PONTOS
Identificar: ano/estação do ano/ dia da semana
Mês/ dia do mês/local/andar
Bairo, cidade e estado
-  Memorização e repetição de palavras: 3 PONTOS
“copo, mala e carro”
-  Calculo: 5 PONTOS
Subtrair 7 de 100 e sucessivamente por 5 vezes
-  Memória de evocação: 3 PONTOS
Lembrar e repetir as 3 palavras memorizadas anteriormente “copo, mala e carro”
- Linguagem:
Nomear objeto mostrado pelo examinador: 2 PONTOS
Repetir “nem aqui, nem ali, nem lá”: 1 PONTO
Seguir comando: “pegue esse papel com a mão direita, dobre ao meio e ponha no chão”: 3 PONTOS
Seguir comando escrito: “feche os olhos”: 1 PONTO
Escrever sentença: com subjetivo, verbo e predicado: 1 PONTO
Copiar o desenho: 1 PONTO


Nervos Cranianos
1 → Oftálmico (testar aromas com uma narina de cada vez)
* Perda ou diminuição do olfato, distorções de odores.
2 → Óptico (Snellen, campimetria, reflexos fotomotor e consensual e fundoscopia).
* Diminuição da acuidade visual, dores retroorbitárias, cefaleias..
3 → Oculomotor /4 → troclear /6 → abducente (motricidade ocular, manobra dos olhos de boneca, reflexo fotomotor e consensual)
* Assimetrias, midríase e ptose.

5 → Trigêmio (testar sensibilidade, motricidade da mandíbula.
Reflexo corneo palpebral. Sempre comparando os lados). 
* Alteração de sensibilidade.
7 → Facial (motricidade da face: fechar os olhos com força e mostrar os dentes, levantar sombrancelha.
* Paralesia facial (central e periférica).


8 → Vestibulococlear (teste de Rinne e Weber).
* Diminuiçao da audição.


9 → Glossofaringeo / 10 → Nervo vago (pronuncia da letra A, procurar desvios do palato e úvula e reflexo nauseoso.
* Disfagia e dislalia
.
11 → Acessório (paciente ergue os ombros contra as maos do examinador, movimentaçao da cabeça para os lados.
* Alteraçao no trapézio e esternocleidomastoideo
12→ Hipoglosso (observar desvio, pedir para o paciente fazer força contra o abaixador de língua).
* Alteração na motricidade e força da língua.

Sistema motor
Ø  Teste da força: graus vão de 0 a 5
0: ausência de contração muscular
1: contração
2: mov. Possível se compensar a ação da gravidade.
3: mov. ativo contra a ação da gravidade.
4: mov. ativo contra a resistência
5: força normal
→  MsSs: manobra dos braços estendidos, apertar 2 dedos do examinador; Força do bíceps e força do deltoide contra a gravidade
c MsIs: Pct. pode manter perna elevada, verificar força de coxa perna e pé.
Ø  Trofismo e tônus: palpar músculos e movimentar articulações

Coordenação/Equilíbrio/Marcha
Ø  Coordenação para testar o hemisfério cerebelar ipsilateral ao membro testado.
→ MsSs: index-nariz e
               diadococinesia

→   MsIs: deslizar o calcanhar sobre o joelho/pé da outra perna
Ø  Equilíbrio: Analisa alterações no cerebelo, vestibulares e da propriocepção.
→ Teste de Romberg
Ø  Marcha: testa o equilíbrio dinâmico
→ O ptc. deve caminhar uma distancia razoável na ponta dos pés e voltar sobre os calcanhares.
→ Caminhar com um pé na frente do outro.

Reflexos
Ø  Miotáticos (profundos):
1) Bíceps (raíz do nervo C6)
2) Tríceps ( C7)
3) Flexos dos dedos (C8-T1)
4) Aquileu (S1)
5) Patelar (L4)
- Lesão central – hiperreflexia
- Lesão medular – inicialmente hiporreflexia e depois de um tempo hiperreflexia
- Lesão periférica – hiporreflexia ou reflexo ausente
Ø  Reflexos superficiais:
→ Cutâneo plantar (Babinski)
→ Cutâneo abdominal:
→ R. de períneo:


Sensibilidade
Dor e temperatura– Trato Espinotalâmico
Toque, vibração e propriocepção – Coluna Posterior
Nível sensitivo: consultar dermátomo correspondente





sábado, 4 de julho de 2015

Exame Neurológico: Guia de Bolso



Fizemos um guia de bolso para o Exame Neurológico!

Todos nós sabemos que a semiologia neurológica é uma das mais difíceis. ms também é uma das mais ricas em achados, e correlaciona-se muito bem com as patologias.

A clínica é soberana em todas as especialidades, e na neurologia clínica não é diferente. Pensando nisso a Liga Acadêmica de Neurologia e Neurocirurgia Ulbra criou um guia de bolso para fácil consulta quando surge aquela dúvida sobre as etapas do exame neurológico.

Conciso e de fácil visualização, o guia é pequeno e pode ir no bolso do jaleco tranquilamente.
Atualizaremos ele e faremos outros, e estamos trabalhando na versão app para Android e IOs.

Baixe e comente!

https://copy.com/ls6HMXqiSx41EjwA
http://www.slideshare.net/JuanZambon/guia-neurologico-de-bolso-neuroliga-ulbra

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Uma terapia modificada do poliovirus mostra resultados promissores para pacientes com glioblastomas (um tipo de tumor no cérebro). Parece que a vacina funciona melhor numa dose melhor, de acordo com o grupo de pesquisa da Duke University, no Preston Robert Tish Brain Tumor Centre onde a terapia está sendo desenvolvida.
Os achados da dosagem diferente para os primeiros 20 pacientes no trial de fase 1 será apresentado no Congresso Anual da American Society of Clinical Oncology de 29 de maio a 2 de junho (abstract #2068)

quarta-feira, 20 de maio de 2015

XVIII CGEM 2015 – CONGRESSO GAÚCHO DE EDUCAÇÃO MÉDICA - A Neuroliga Ulbra estará lá!


"O Curso de Medicina da ULBRA sediará nos dias 21, 22 e 23 de maio de 2015 em seu campus de Canoas - RS o XVIII CGEM – CONGRESSO GAÚCHO DE EDUCAÇÃO MÉDICA e concomitantemente ocorrerá o I Encontro das Ligas Acadêmicas de Medicina do Estado e o I Encontro de Médicos Residentes."

A Liga de Neurologia e Neurocirurgia estará lá!!!
Vamos apresentar um resumo de nossas atividades e mediando uma mesa redonda sobre os desafios e conquistas que as ligas acadêmicas de Medicina enfrentam e conquistam.

Várias ligas convidadas, da Ulbra e de outras Universidades do estado estarão presentes.

Compareça!!!




domingo, 3 de maio de 2015

Curso Introduction to Biomedical Imaging



Play Video: Introduction to Biomedical Imaging

Introduction to Biomedical Imaging

Discover how biomedical imaging technologies are complementary and what information they provide to health professionals.
Aproveite que o deadline é até 21 de junho/2015!!!
Excelente curso sobre as principais modalidades de imagem em medicina. Feito pela Universidade de Queensland, Australia, oferecido pelo ótimo Edx.
Fiz ano passado e estou fazendo novamente. Recomendadíssimo!

Curso Revisando Tópicos em Neurologia


Mais uma etapa do nosso curso, agora veremos Cefaleias.
Quinta-feira, 07/05, ao meio-dia.
Aparece lá!!!

terça-feira, 14 de abril de 2015

Revisando Tópicos Essenciais em Neurologia Clínica


Chegamos ao segundo encontro do Revisando Tópicos Essenciais em Neurologia Clínica. Agora como tema Tumores Cranianos, vamos saber mais sobre os tipos histológicos mais comuns, suas peculiaridades, clínica, acompanhamento e conduta.

O primeiro encontro, sobre o Exame Físico em Neurologia, acabará ocupando uns minutinhos deste segundo encontro, pois o palestrante ficou devendo demonstrar os reflexos básicos.

Todos os interessados das áreas da saúde estão convidados!



segunda-feira, 6 de abril de 2015

Neurologia no país da Alice


Alice no pais das maravilhas completa 150 anos, para comemorar essa data uma série de neurologistas fizeram correlações entre as situações apresentadas no desenho e síndromes do mundo real.

Alice chega em um mundo estranho onde animais podem virar objetos e recita poemas onde a correção gramatical contrasta com a falta de sentido de cada palavra.  
O autor do conto parece estar 150 anos à frente no tempo pois hoje, poemas são utilizado pelos neurocientistas para provar que o significado e a gramática são processados de forma independente pelo cérebro.

Lesões no hipocampo geram dificuldade de  recordar o passado, mas também têm dificuldade em projetar o futuro. Essa situação pode remeter a rainha de copas do livro que afirma ter grande capacidade de previsão.
“[...]As coisas que ocorreram na semana que vem depois da seguinte”.
Mas que tem memoria muito ruim.
É um tipo de memória muito pobre a que só funciona para trás – retorquiu a Rainha.”

O estranho caso de pacientes que diziam estar de cabeça para baixo ou próximos a alguém que, na realidade, estava do lado oposto da sala, como a cena do desenho onde Alice cresce percebendo a chave menor ou diminui de tamanho tendo a noção de que a chave cresceu.
Estas percepções na vida real são provocadas por uma atividade anormal nos lóbulos parietais, mas que não são nocivas para o indivíduo.


Será que Lewis Carroll (o autor do livro) poderia ter alguma lesão que afetasse sua percepção espacial, e tentou retratar no livro?


 'Alice no país das maravilhas' em desenho animado de Walt Disney
Foto: Divulgação

Adaptado de: http://observador.pt/2015/04/06/alice-no-pais-das-maravilhas-neurologia-comum/

domingo, 29 de março de 2015

Curso sobre diagnóstico por imagem em medicina


Introduction to Biomedical Imaging
Descubram como tecnologias de imagem complementam o diagnóstico e que informações elas trazem aos profissionais da saúde.
Tecnologias de imagem formam um componente significante do custo de saúde em todas as economias desenvolvidas, e a maioria das pessoas precisarão de imagens avançadas durante a vida. 
Este curso provê uma introdução à imagem biomédica e seu mapeamento e obtenção moderna de imagens.
O curso também cobre os princípios científicos básicos por trás de cada modalidade e apresenta suas principais aplicações, de doenças neurológicas à evidência de cânceres.

O curso e muito bom e vai desde o básico do RaioX até o PetScan e modalidades avançadas, passando pelo Ultrassom, Doppler, Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética. Fiz ano passado e vou fazer de novo: é um curso imperdível para quem gosta 
de imagens na área da saúde! 


O curso e fornecido pela plataforma do edx.org e é da Universidade de Queensland

sábado, 28 de março de 2015

                                 O beta-amiloide e a doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer é a principal causa de síndrome demenciais, respondendo cerca de 50-60%  dos casos, uma doença que progride de forma exponencial diretamente relacionada com aumento da idade. Com o aumento na expectativa de vida há maiores possibilidades de desenvolverem doenças neurodegenerativas, haja visto que compromete faixa etária acima de 60 anos.


O beta amiloide é um marcador biológico que passa fazer parte da investigação clínica. Essa proteína é produzida normalmente no cérebro  e há evidencias que quantidades pequenas são necessárias para manter neurônios viáveis. O problema consiste no aumento exagerado da produção de beta amiloide, a qual faz levar alterações nas sinapses que é o primeiro passo para série de eventos  que leva a perda de neurônios e aos sintomas da doença.


Cientistas da Universidade de Stanford descobriram que a doença começa a se manifestar muito tempo antes da formação das famosas placas senis de beta-amiloide no tecido cerebral. O estudo, conduzido em camundongos e em humanos, foi publicado na famosa revista científica Science, de 2013. 

O amiloide é uma proteína que deriva da proteína precursora do amiloide (APP), uma proteína achada normalmente nas membranas das sinapses neuronais, e cuja função parece ser a regulação da formação dessas sinapses e auxílio na neuroplasticidade (a capacidade do sistema nervoso central de se reinventar constantemente).

O beta-amiloide começa como moléculas isoladas que tendem agrupamentos maiores, insolúveis, as placas de amiloide, a base patológica da doença de Alzheimer.





A placa do beta- amiloide se liga a receptores membrana celular neuronal, colocando em movimento processos dentro da célula que levam a destruição das sinapses




Obs: Beta amiloidose ( vermelho) ligando-se a receptores neuronais.


Segundo Taekho Kim, cientista, disse que a proteína beta- amiloide ao se ligar ao receptor PirB, estivesse provocando um enfraquecimento das sinapses e a comunicação entre os neurônios acabava por se tornar impossível e a memória desaparecia. Kim descobriu que existe um receptor equivalente nos neurônios humanos chamados LilrB2, igualmente capaz de se ligar a beta- amiloide.

Ou seja, a ligação entre a beta amiloidose e PirB faz com que ocorra uma alteração bioquímica na  cofilina reforçando ação destruidora nas sinapses. Então, gerando os sintomas da doença como perda da memória.

Os resultados obtidos sugerem que a doença de Alzheimer começa a manifestar-se muito antes da formação de placas de amiloide se tornar óbvias. Isso tudo poderá contribuir para abrir caminho em tratamentos mais eficaz nas fases mais precoces da doenças.




domingo, 15 de março de 2015

AVC em contexto sub agudo: e agora José?!


Mulher de 39 anos consulta com clínico geral com súbita queda de hemiface direitadireita. Ela não apresenta outras perdas de força, nem distúrbios da fala ou do olhar e ela aparenta estar bem. No exame neurológico ela não consegue enrugar a testa. 
Não possui rash facial.

Baseado nestas informações, qual é a causa mais provável da fraqueza na face? 

Descubra mais no módulo de aprendizado do BMJ Learning: 
 Link: AVC: um exame neurológico focado em um contexto subagudo

sábado, 7 de março de 2015

Canabinóides e seu uso em Neurologia

 

Canabinóides e seu uso em Neurologia

Postado em 05/02/2015 pela Academia Brasileira de Neurologia no enredeço: http://www.abneuro.org.br/comunicados/detalhes/690/canabinoides-e-seu-uso-em-neurologia


ASPECTOS GERAIS
Recentemente o uso de canabidiol foi liberado para prescrição aos médicos do Estado de São Paulo, pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), em 9 de outubro de 2014. A ANVISA já liberou o seu uso medicinal por importação para vários casos; exige-se a prescrição e laudo médicos e termo de responsabilidade. Cada vez mais o uso terapêutico dos canabinoides têm sido discutidos. A Academia Brasileira de Neurologia através de seus Departamentos Científicos tomou sua posição de acordo com as evidências científicas sobre o uso dos canabinóides nas devidas doenças neurológicas.
Os canabinóides mais exuberantes são o Δ9-tetrahidrocanabinol (THC) que possui propriedades psicoativas e o canabidiol (CBD), que não tem propriedades psicoativas. Existem no sistema nervoso central os endocanabinóides, sendo dois tipos mais abundantes: o 2-arachydonoyl glycerol e o n-arachidonoyl ethanolamide. Eles são liberados em resposta à atividade sináptica excitatória, sendo sintetizados no corpo  e dendritos dos neurônios, em resposta ao aumento da concentração de cálcio intracelular. Inibem a liberação de neurotransmissores pela via final em terminais gabaérgicos e em menor extensão, glutamatérgicos. Agem em vários mecanismos de plasticidade de curto e longo prazo de sinapses inibitórias e excitatórias. Várias áreas cerebrais são ricas em receptores CB1, como o córtex frontal, os núcleos da base, cerebelo e na região límbica cerebral. Por estes mecanismos podem ter ação em várias doenças neurológicas.
 
EFEITOS COGNITIVOS
O uso de cannabis na forma inalada, por indivíduos saudáveis, está associado a pior desempenho cognitivo, seja de forma aguda ou crônica. A suspensão do seu uso reverte parcialmente esta queda, sem o normalizar.  Poucos estudos avaliaram a influência na cognição do uso da cannabis na forma inalada em pacientes com doença neurológicas. Pacientes com esclerose múltipla que utilizaram cannabis de forma inalada, seja com intuito recreativo ou terapêutico, apresentaram pior desempenho cognitivo em teste de velocidade de processamento de informação, memória operacional, funções executivas e processamento visoespacial. O uso de canabidiol parece não ter relação com declínio cognitivo, porém, poucos estudos avaliariam seu uso na população idosa.
 
CANABINOIDES EM EPILEPSIA
O CBD tem reconhecido efeito antiepiléptico, porém, com mecanismo de ação, segurança a longo prazo, propriedades farmacocinéticas e interações com outros fármacos, ainda obscuros. As pesquisas clínicas bem conduzidas metodologicamente são limitadas, pois há restrição legal ao uso de medicamentos derivados do cannabis, embora o CBD não possua propriedades psicoativas.
Dr. Devinsky, na New York University School of Medicine foi autorizado pelo FDA a conduzir um estudo aberto com um produto contendo 98% de CBD cujo nome comercial é Epidiolex fabricado pela GW Pharmaceuticals. A dose diária foi gradualmente aumentada até o máximo de 25 mg/kg/dia associada aos medicamentos que o paciente já utilizava. Os resultados dos primeiros 23 pacientes, cuja média de idade foi de 10 anos, demonstraram que 39% dos pacientes tiveram redução de 50% de suas crises. Obtiveram controle total das crises apenas 3 dos 9 pacientes com síndrome de Dravet (um tipo de epilepsia muito grave da infância) e 1 dos 14 pacientes com outras formas de epilepsia. Os efeitos colaterais mais comuns foram sonolência, fadiga, perda ou ganho de peso, diarreia e aumento ou redução do apetite. Todos os pacientes recebiam mais de um fármaco antiepiléptico. Os resultados preliminares mostraram redução de 50% de crises em cerca de 40% dos pacientes. Tal resultado não difere dos resultados disponíveis na literatura dos mais de 20 fármacos antiepilépticos disponíveis no mercado.
As populações expostas ao CBD são compostas por pacientes com síndromes epilépticas heterogêneas que não responderam a qualquer outro fármaco, ou tiveram sérios efeitos colaterais com os medicamentos disponíveis no mercado. Neste cenário, um composto que tenha qualquer efeito benéfico torna-se potencialmente útil.
Os dados científicos até agora disponíveis permitem concluir que o canabidiol poderá desempenhar um papel importante no tratamento de epilepsias muito difíceis, em casos específicos, ainda não definidos cientificamente.
Enfatizamos que o canabidiol terá aplicabilidade dentro do cenário das epilepsias intratáveis, de dificílimo controle, possivelmente com excelente resposta em alguns casos, razoável resposta em outros e nenhuma resposta em alguns, como observado com o uso de outros fármacos. A segurança e eficácia do CBD necessitam ser melhor estabelecidas por estudos bem conduzidos, uma vez que os dados disponíveis na literatura atual não preenchem os critérios científicos exigidos para que tal composto seja utilizado como medicamento de forma indiscriminada na epilepsia.
 
CANABINÓIDES NA ESCLEROSE MÚLTIPLA
O uso da maconha na Esclerose Múltipla (EM) é frequentemente discutido no tratamento sintomático e preventivo. Alguns cuidados devem ser tomados quanto à indicação do uso de canabinóides na forma oral na EM, pois seus efeitos adversos podem ser agravados em função de características inerentes à doença. Sintomas como comprometimento cognitivo, fadiga e alterações humor, que podem variar de depressão à ideação suicida, devem ser avaliados antes da indicação destas substâncias na EM. O naxibimol é um preparado comercial, utilizado em alguns países com indicação específica para espasticidade na EM. Contém THC e CDB, na proporção de 1:1, de uso exclusivamente oro-bucal e utilizado na dose de máxima de até 12 puffs ao dia. Não existem estudos consistentes para indicação terapêutica da maconha na forma de cigarros em qualquer dos sintomas da EM. Existem estudos classe I, II e III para preparados orais e naxibimols para alguns dos sintomas da EM.
Para o tratamento da espasticidade: estudos com Naxibimols demonstraram melhora nas escalas de  auto-avaliação em seis semanas, embora não fossem observadas melhoras nas escalas objetivas para espasticidade. Sua eficácia de longo prazo ainda não foi confirmada. O extrato de cannabis oral e o THC também se mostrou eficaz apenas nas escalas de auto-avaliação no uso por até 15 semanas, porém, após um ano os resultados indicaram uma melhora também nas escalas objetivas de mensuração da espasticidade. Estes resultados sugerem que esta opção terapêutica pode ser considerada nos pacientes com EM, embora faltem estudos de segurança com uso por longos períodos.
Na dor neuropática ou central, os estudos foram realizados em períodos curtos, com eficácia variável. Os naxibimols, os preparados com THC/CBD e o extrato de cannabis apresentaram resultados conflitantes, e embora não seja possível concluir de forma definitiva quanto à sua eficácia, os dados sugerem que esta pode ser uma opção terapêutica em pacientes que não responderam aos tratamentos convencionais.
No tratamento dos tremores e da disfunção vesical, o uso dos naxibimols ou de preparados orais THC, CBD ou THC/CDB mostrou-se ineficaz, não havendo neste momento indicação para o seu uso no alívio deste sintoma.
Concluindo: o naxibimol pode ser utilizado na espasticidade e dor da EM, desde que esgotadas as demais possibilidades terapêuticas, sempre observando riscos e benefícios da sua indicação.
 
CANABINÓIDES NA DOENÇA DE PARKINSON E EM OUTROS DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO
A Academia Americana de Neurologia (AAN) publicou recentemente uma revisão sistemática sobre a eficácia e segurança do uso terapêutico da maconha e seus derivados no tratamento de doenças neurológicas.
Desse extenso trabalho da AAN podemos verificar que há poucos estudos de qualidade disponíveis na literatura para termos uma conclusão final sobre o uso terapêutico dos derivados da cannabis em pacientes com distúrbios do movimento. Há que se considerar que o risco de efeitos psicopatológicos graves pode chegar a 1%. Isso vai depender sem dúvida da proporção de THC presente no tratamento, mas de certa forma não há relato de efeitos colaterais graves. Os extratos de cannabis não melhoram as discinesias induzidas pela levodopa em pacientes com doença de Parkinson (DP).
Recentemente, estudos preliminares utilizando CBD puro no tratamento de pacientes portadores de DP revelaram um efeito positivo sobre os sintomas psicóticos, o sono e a qualidade de vida dos pacientes. O CBD poderia ter um efeito terapêutico sobre os sintomas do transtorno comportamental do sono REM.
Em conclusão, apesar da ausência de evidências suficientes para indicar o uso dos derivados da cannabis em pacientes com distúrbios do movimento, há sinais de que o uso de extratos da planta e especialmente de CBD possa ajudar a minimizar sintomas não-motores da DP como: psicose, distúrbios do sono, dor, talvez urgência miccional, e também promover uma melhora geral na qualidade de vida dos pacientes. O uso terapêutico sem indicação precisa só seria indicado em casos de distúrbios do movimento em que os tratamentos convencionais disponíveis falharam, e a qualidade de vida do paciente esteja muito comprometida. É provável que o uso de CBD puro e extratos de cannabis com baixo teor de THC sejam os mais eficientes e menos propensos a causar efeitos indesejáveis.
 
CANABINÓIDES NO TRATAMENTO DE DOR NEUROPÁTICA
Três estudos avaliaram a eficácia da marijuana no tratamento de dor neuropática. Em um deles foi utilizada a forma spray, como analgesia adjuvante no tratamento de dor central em pacientes com esclerose múltipla. Em outro estudo foi utilizada forma inalatória, em pacientes com dor neuropática pós-traumática ou pós-cirúrgica, com melhora na intensidade da dor. Finalmente, Ellis et al. observaram melhora da dor neuropática em pacientes com HIV.
Por se tratar de um tratamento do tipo SFBR (Simples, Fácil, Barato e Racional) em oposição a tratamentos dispendiosos, tóxicos e custosos, pode ser uma opção para casos de dor refratária, em falhas terapêuticas ou eficácia insuficiente. Para seu uso sistemático seria necessário maior volume de estudos.
 
CANABINOIDES NA CEFALEIA
            Não existem estudos recentes para seu uso na cefaleia. Apesar de algumas patologias relacionadas à dor do segmento cefálico responderem ao uso dos canabinoides, como na dor neuropática orofacial (neuralgia do trigêmeo, síndrome da boca ardente e dor orofacial persistente) e sua ação no sistema de dor central (sistema trigeminal e substância cinzenta periaquedutal) apresentarem intensa intersecção com as vias dolorosas envolvidas nas dores de cabeça, especialmente a migrânea, não podemos dizer, pela falta de estudos específicos que possa ser indicado para seu tratamento.
 
CONCLUSÕES
Parecem existir evidências de efeitos benéficos dos canabinóides em alterações do sistema nervoso central e periférico, porém, estudos de longo prazo devem ser realizados, com maior número de pacientes, com eficácia medida por instrumentos objetivos e seu uso a longo prazo ainda não é conhecido. O uso do canabidiol é indicado na falha terapêutica dos tratamentos já consagrados ou quando os mesmos apresentam eficácia insuficiente. O uso da cannabis de forma recreativa é contraindicada pela ABN.


Veja as Referências da publicação acima no site, exposto no início da publicação,  da Academia Brasileira de Neurologia