segunda-feira, 6 de abril de 2015

Neurologia no país da Alice


Alice no pais das maravilhas completa 150 anos, para comemorar essa data uma série de neurologistas fizeram correlações entre as situações apresentadas no desenho e síndromes do mundo real.

Alice chega em um mundo estranho onde animais podem virar objetos e recita poemas onde a correção gramatical contrasta com a falta de sentido de cada palavra.  
O autor do conto parece estar 150 anos à frente no tempo pois hoje, poemas são utilizado pelos neurocientistas para provar que o significado e a gramática são processados de forma independente pelo cérebro.

Lesões no hipocampo geram dificuldade de  recordar o passado, mas também têm dificuldade em projetar o futuro. Essa situação pode remeter a rainha de copas do livro que afirma ter grande capacidade de previsão.
“[...]As coisas que ocorreram na semana que vem depois da seguinte”.
Mas que tem memoria muito ruim.
É um tipo de memória muito pobre a que só funciona para trás – retorquiu a Rainha.”

O estranho caso de pacientes que diziam estar de cabeça para baixo ou próximos a alguém que, na realidade, estava do lado oposto da sala, como a cena do desenho onde Alice cresce percebendo a chave menor ou diminui de tamanho tendo a noção de que a chave cresceu.
Estas percepções na vida real são provocadas por uma atividade anormal nos lóbulos parietais, mas que não são nocivas para o indivíduo.


Será que Lewis Carroll (o autor do livro) poderia ter alguma lesão que afetasse sua percepção espacial, e tentou retratar no livro?


 'Alice no país das maravilhas' em desenho animado de Walt Disney
Foto: Divulgação

Adaptado de: http://observador.pt/2015/04/06/alice-no-pais-das-maravilhas-neurologia-comum/

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